O corpo achado no cemitério de Sumaré, no último dia 18 de janeiro, foi reconhecido como sendo do empresário Davi Aires Costa, de 63 anos, morador de Hortolândia. A identidade da vítima foi divulgada quinta-feira agora (30) através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Duas pessoas foram detidas através do crime e uma fica foragida.
De acordo com a Polícia Civil, a reconhecimento do empresário e as prisões foram possíveis a contar da análise de dados telefônicos e financeiros.
Um dos suspeitos, um torneiro mecânico, ex-funcionário da vítima conhecido como Funcho, foi detido em Sumaré. A outra suspeita apreendida, uma recepcionista de 22 anos, foi avistada em Vinhedo.
A terceira suspeita, uma transsexual de 26 anos conhecida como Tuta, fica foragida. Ela é destacada através da DIG como mentora intelectual do crime.
Conforme as investigações, Fucho era amigo pessoal de Davi. No dia do crime, o suspeito chamou o empresário para acompanhá-lo em um ritual religioso. Depois de fazerem oferendas, Funcho e Davi buscaram a recepcionista e seguiram para o Cemitério da Saudade, em Sumaré, para um segundo ritual.
Chegando ao local, a vítima foi rendida e forçada a fornecer senhas bancárias, além de transferir dinheiro para a conta de Fucho e entregar seus pertences. Em seguida, o ex-funcionário estrangulou Davi com um “mata leão” e, com ajuda da outra suspeita, empalou a vítima ainda viva com um cabo de vassoura. Por final, deu dois tiros na cabeça do empresário, abandonando o corpo no local.
No dia seguinte, uma nova transferência bancária esvaziou a conta da vítima. Os valores foram imediatamente repassados para Tuta, destacada como destinatária final dos valor roubados do empresário.
Itens pessoais de Davi, como o celular, foram queimados através do grupo em um outro local.
Mentora do crime fica foragida
Conforme a DIG, as investigações exibiram que a chefe espiritual, reconhecida como Tuta, utilizava a religião para coagir e amedrontar seguidores e com isso ter vantagens financeiras. Funcho, por sua vez, afirmou que ele e a família eram ameaçados através da chefe espiritual, que o forçou a cometer o homicídio.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão nos municípios de Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo. Durante o cumprimento dos mandados, Fucho, autor dos disparos de arma de fogo na vítima, foi detido na casa pai e confessou participação no crime, detalhando o envolvimento de outros dois investigados.
Empresário estava desaparecido desde o dia 12 janeiro
Uma semana antes da localização do corpo do empresário, o filho da vítima havia registrado um boletim de desaparecimento. Quando achado, o corpo já estava em estado avançado de decomposição, com indicações de abuso sexual.
No boletim do desaparecimento, o filho de Davi informou que o pai era dono de uma pequena empresa no ramo de usinagem e que, depois de pesquisa remota de movimentações através do celular, constatou que a vítima havia solicitado um aumento no limite de saque do banco digital, para o valor de R$ 10 mil.
Para a reconhecimento, amostras de DNA foram coletadas de familiares da vítimas, no entanto a reconhecimento foi feita antes mesmo da liberação dos resultados.
Os suspeitos foram indiciados por homicídio habilitado por motivo torpe e emboscada.
Corpo achado em cemitério de Sumaré é de empresário desaparecido em Hortolândia; duas pessoas são detidas
Com informações de Tododia