Em uma clara contradição com as promessas feitas durante a campanha eleitoral, os vereadores de Sumaré aprovaram na próxima terça (29) um projeto de lei que torna ainda mais rigoroso o sistema de estacionamento rotativo no município.
Proposta através do prefeito Henrique Stein (Republicanos), conhecido como Henrique do Paraíso, a nova legislação foi aprovada com 16 votos favoráveis e exclusivamente 4 contrários. A medida gerou forte repercussão negativa em redes sociais, onde os parlamentares passaram a ser chamados de “traidores do povo”, em razão do rompimento de comprometimentos públicos assumidos junto à população.
O que mudou: antes e depois
Com a nova lei, o tempo de tolerância para regularizar uma infração na Zona Azul foi drasticamente reduzido:
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ANTES: O motorista tinha 24 horas para regularizar a infração, com possibilidade de quitar o débito em até 72 horas, pagando o equivalente a 10 tarifas.
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AGORA: O condutor terá exclusivamente 2 horas e 15 minutos para pagar duas tarifas depois de o aviso. Se ultrapassar esse tempo, será obrigado a pagar 10 tarifas, com o período agora reduzido para 48 horas.
Além do que, a legislação reserva até 10 vagas exclusivas para carros de App, destinadas exclusivamente ao embarque e desembarque rápido de passageiros. A localização dessas vagas será determinada através da Secretaria de Mobilidade Urbana e Rural — o que pode significar a retirada de espaços antes destinados ao público em geral.
Medida impopular e economicamente danosa
A decisão provocou revolta imediata em redes sociais. Internautas acusam os vereadores de traírem a confiança popular ao aprovarem uma medida não só impopular, mas também extremamente punitiva. Muitos deles se elegeram prometendo lutar através do final da Zona Azul, considerada por uma cota expressiva do povo como uma ferramenta de arrecadação abusiva, que penaliza o cidadão comum.
Agora, a situação se agrava: menos tempo para regularização, mais multas, e maior benefício para grandes empresas de mobilidade — enquanto o trabalhador, o comerciante e o cliente do centro são ainda mais pressionados.
Impacto no comércio do centro de Sumaré
Além da indignação política e social, a medida representa um duro golpe à economia local, em particular ao comércio do centro da cidade. Ao tornar ainda mais restritivo o estacionamento, a prefeitura e os vereadores criam um ambiente hostil ao consumidor, que naturalmente buscará alternativas em bairros, municípios vizinhos ou centros comerciais com estacionamento grátis.
Economistas locais apontam que o comércio de rua depende diretamente da circulação espontânea de clientes. A cada 10 consumidores que deixam de frequentar o centro devido à dificuldade de estacionamento, estima-se uma perda média de R$ 200 diariamente em compras não realizadas. Em um mês, isso pode representar uma queda de até R$ 600 mil na economia local, julgando o impacto nos vários setores — como alimentação, vestuário, serviços e farmácias.
Pequenos e médios comerciantes, já fragilizados pelas altas cargas tributárias, através da inflação e através da concorrência com grandes plataformas de e-commerce, agora enfrentam mais essa barreira, que pode trazer a uma redução do faturamento, demissões e até fechamento de lojas.
Conclusão
A nova versão da Zona Azul não exclusivamente torna a vida dos motoristas mais difícil, como também simboliza a quebra de confiança entre o poder público e os cidadãos. Trata-se de uma medida que favorece poucos — empresas de App — e prejudica muitos: motoristas, trabalhadores e empreendedores do centro de Sumaré.
Ao afugentar o consumidor do centro, a prefeitura colabora diretamente para o esvaziamento econômico da área, comprometendo empregos, renda e a vitalidade do comércio local. O recado das ruas e das redes é claro: o povo fica decepcionado, atento — e não vai esquecer em 2028.
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SUMARÉ – Vereadores APROVAM regras da Zona Azul, revoltam população e são chamados de “TRAIDORES DO POVO” nas Redes .
Com informações de Auge1