O cenário político de Sumaré se torna cada dia mais teatral à medida que o grupo eleito para assumir no mês de janeiro de 2025 adota a vitimização como estratégia central. Enquanto isso, a imprensa municipal reforça essa narrativa, trazendo à tona supostas irregularidades e atrasos no Legislativo que, ironicamente, ocorrem existe mais de cinco anos sem grande alarde até o momento. A súbita mudança no foco da cobertura midiática levanta suspeitas sobre o real interesse por trás dessa “preocupação tardia”.
A realidade dos atrasos: um problema antigo convenientemente explorado
Atrasos para o começo das sessões da Câmara Municipal são prática recorrente e amplamente conhecida na política de Sumaré. Apesar disso, só agora, com a proximidade da posse do novo grupo político, o tema ganhou relevância na mídia local. Onde estava essa indignação nos últimos cinco anos?
A contradição é evidente: ao utilizar um problema histórico como arma política, o grupo eleito busca reforçar sua narrativa de “herança problemática” para justificar eventuais dificuldades futuras. A imprensa, ao endossar esse discurso, transforma uma prática banalizada em algo estratégico, desviando o debate de questões realmente estruturais que afetam o município.
Verbas impositivas: uma pauta antiga agora politizada
Outro momento de contradição fica na tramitação das verbas impositivas. O tema, que já estava em debate na Câmara antes mesmo do momento eleitoral, tem sido cuidado como se fosse fruto de articulações contra ou a favor do grupo eleito. A realidade é que as discussões em torno dessas verbas são técnicas e rotineiras, mas agora são manipuladas para sustentar narrativas de perseguição ou favorecimento.
“O debate sobre verbas impositivas é legítimo, mas transformá-lo em questão eleitoral é desonesto. Trata-se de um processo legislativo normal, que não começou ontem e não terminará amanhã”, afirma um analista político regional.
A cobertura midiática em Sumaré tem mostrado um alinhamento claro com a narrativa de vitimização do grupo político eleito. Ao evidenciar pautas antigas como “descobertas recentes” e ignorar o contexto histórico das práticas criticadas, a imprensa local e de municípios vizinhos, contribui para um discurso enviesado e pouco construtivo.
Essa abordagem seletiva enfraquece o papel da mídia como fiscalizadora imparcial e levanta questionamentos sobre sua independência editorial. Afinal, a quem interessa reforçar a narrativa de vitimização?
Consequências para o cenário político local
A politização de pautas recorrentes e o endosso midiático à vitimização criam um ambiente de desinformação que prejudica o povo. Enquanto as atenções estão voltadas para narrativas fabricadas, questões reais, como saúde, educação e infraestrutura, seguem em segundo plano.
Além disto, a perpetuação desse discurso tende a aprofundar a polarização política, dificultando o diálogo e a cooperação entre diferentes grupos. O resultado é um ciclo vicioso em que a gestão pública se torna refém de disputas narrativas, ao invés de focar em soluções efetivas para os problemas da cidade.
Conclusão: a vitimização como estratégia e o preço para Sumaré
O uso da vitimização política através do grupo eleito, com o suporte de uma imprensa local seletiva, evidencia mais sobre a estratégia eleitoral do que sobre a realidade administrativa. A tentativa de manipular problemas históricos e debates legislativos rotineiros para justificar possíveis falhas futuras é uma tática antiga, mas perigosa.
Sumaré precisa de mais que narrativas e discursos polarizadores: precisa de chefia que enfrente os problemas de frente, sem buscar culpados convenientes ou criar heróis fictícios.
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VITIMIZAÇÃO POLÍTICA EM SUMARÉ? CONTRADIÇÕES ENDOSSADAS POR PARTE DA IMPRENSA APONTARIAM VITIMIZAÇÃO? .
Com informações de Auge1