Um dos suspeitos de cometer o ataque contra o presidente do PT de Sumaré, Roberto Vensel, que coordena a campanha de Willian Souza (PT) à prefeitura da cidade, contou ter recebido dinheiro através do crime no último dia 3, três dias antes da eleição do primeiro turno.
A afirmação consta no mandado de prisão expedido através da Justiça de Sumaré. No documento, o juiz Leonardo Delfino determina a prisão preventiva dos suspeitos e argumenta que a medida pretende a “garantia da ordem pública, diante da gravidade da conduta praticada, a qual está evidenciada pelo fato de os agentes, supostamente, conforme alegado pelo indiciado aos policiais, terem recebido dinheiro para praticar este crime”.
Para Vensel, a confirmação de recebimento de dinheiro para cometer o crime comprova que o atentado teve “exclusiva motivação política”.
“Desde o início nós sustentamos a tese de que se trata de crime político contra a campanha do Willian. Os fatos ocorreram faltando três dias para o primeiro turno das eleições, claramente para abalar os rumos da linda campanha que temos feito pela cidade. Nos resta saber agora quem está por trás desse atentado que há duas semanas poderia ter tirado a minha vida. Seguimos confiantes no trabalho da Justiça para esclarecer os fatos”, avalia Vensel.
Willian continua a mesma linha. Segundo ele, mesmo as informações preliminares já descartavam a hipótese de assalto. “Não vieram ao nosso escritório para assaltar. O objetivo sempre foi atentar contra a vida do nosso coordenador para desestabilizar nossa campanha e elevar a tensão na reta final do processo eleitoral. Não é esse o tipo de política que defendemos e fazemos nas ruas. Nosso trabalho se concentra no diálogo com todos os setores da sociedade e no projeto de cidade que apresentamos para Sumaré. Repudiamos toda a forma de violência e não vamos nos deixar intimidar por atitudes como essa”, explicou Willian.
O CASO
Conforme Polícia Civil, Vensel relatou em depoimento que foi abordado por dois homens enquanto chegava ao seu escritório político e que um dos bandidos sacou um revólver e apontou para a sua cabeça, tendo o revólver calibre 22 falhado. O coordenador de campanha explicou ainda que, imediatamente, entregou sua bolsa, acreditando se tratar de um assalto.
Um guarda municipal de Nova Odessa à paisana que aguardava no local para reunião com Vensel, reagiu e baleou um dos bandidos, que foi socorrido por uma ambulância do Samu e levado para o Hospital Estadual de Sumaré. O segundo homem que estava na garupa da moto, e que em seguida afirmou ter recebido dinheiro para cometer o crime, acabou detido.
A polícia pediu perícia no local e apreendeu a arma usada através do guarda municipal e o revólver calibre 22 usado pelos bandidos. A arma estava carregada com sete cápsulas, sendo uma delas deflagradas.
“Estou vivo por um milagre de Deus, porque o criminoso chegou com a arma na minha cabeça e puxou o gatilho. Não foi um assalto, foi uma situação política, tanto que o criminoso que estava baleado no chão disse que faria um acordo para revelar o mandante caso não fosse entregue à polícia. É lamentável o que vem ocorrendo com a nossa campanha faltando tão poucos dias para o primeiro turno”, explicou Vensel na ocasião.
Os envolvidos foram apreendidos e estão apreendidos e continuam à disposição da Justiça. As investigações estão sendo conduzidas através do 1º Distrito Policial de Sumaré.
(Com informações de Isabela Braz)
Suspeito diz ter recebido dinheiro por ataque contra coordenador de campanha de Willian Souza
Com informações de Tododia